Contos e Lendas

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domingo, 24 de julho de 2011

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Conto - A Borboleta Negra



Sofro de uma insólita doença cujo principal sintoma constitui-se em um sono extremamente profundo e absurdamente prolongado, do qual a origem é completamente desconhecida pela "ciência". O que aqui relato é meu último período de manifestação da enfermidade, durante o qual dormi por nada menos que 14 dias, sem a mínima interrupção. Nada, nem ninguém, obteve êxito em me acordar. O mais assombroso é que ao longo das crises de sono, sinto-me desprender do corpo, e minha alma flutua pelo quarto, observando a tudo e a todos. E mais: voando em plena liberdade, posso deslocar-me a qualquer região do planeta, ainda que as visões, seres e fatos que eu contemple sejam, em muitos aspectos, essencialmente diferentes e estranhos à vida comum dos humanos. Muitos dirão que são sonhos fantásticos de uma pessoa doentia e mentalmente perturbada. Não os condeno, pois não têm minha experiência. No entanto, permaneço em plena consciência durante o sono, mental, emocional e espiritualmente. Não negarei que realmente eu seja uma pessoa doentia, mórbida aliás, vítima da peste negra incurável, fatal do Romantismo, e que seja mentalmente anormal, tendo a alma envenenada por leituras de Goethe, Poe, Blake e outros absurdos, mas isso em momento algum afetou meu estado de consciência, talvez o tenha tornado até mesmo mais profundo, se levarmos em conta que a realidade é uma ilusão, e os homens, marionetes controlados por cordinhas. Mas o que ocorreu foi o seguinte...Serei extremamente sintético... Sendo eu um indivíduo intensamente sensível, portanto totalmente ultrapassado para nossa miserável e pós-moderna época, nos 14 dias de sono ininterrupto, vivi as mais diversas e arrebatadoras sensações do além-mundo, estando completamente alheio a tudo o que ocorria na humanidade (felizmente, estava livre de tanta mediocridade vulgar).
No último dia da longa crise de sono, estando pairando em meu quarto, enquanto o corpo jazia inerte no leito,, percebi que de um quadro magnífico colocado na parede, desprendeu-se uma gigantesca borboleta negra. Esclareço que a borboleta era parte da pintura, não era um ser vivo, era uma imagem, ao menos até o instante de desprender-se. Mas o fato é que o inseto voou por todo o ambiente com uma leveza melíflua de uma elegância mágica. A atmosfera de meus aposentos impregnou-se de densas auras sobrenaturais. A borboleta pousou ao lado de meu corpo adormecido e num piscar de olhos metamorfoseou-se em belíssima mulher de negras asas. Mulher de asas? As mulheres sempre possuem asas. Ou de anjo ou de galinha. O ente feminino beijou-me com sublime e avassaladora paixão, e senti na alma a chama dos beijos que eram pousados na minha boca, e nunca, jamais, minhas emoções a(s)cenderam-se em tão elevado grau, imaginei-me transportado ao palácio de amor do Anjo Anael. A bela mulher, em seguida, abrindo suas enormes asas sombrias, avançou até meu espírito, trazendo consigo todos os espectros e flamas fantasmagóricas do sentimento exacerbado aos máximos níveis das possibilidades humanas. Do poço de seus olhos transfiguravam-se irradiações de febre, e um vulcão explodiu em meu peito, eu apaixonava-me terrível e catastroficamente. Não era uma mulher, era uma fada. Se boa ou má, ainda não sei dizer. Em seqüência, através de um infinito carinho enigmático, realizando um gesto misterioso e que não descrevo, disse-me gravemente: "Agora conhecerás o que ocorreu no mundo físico"
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Em segundos, tudo ao meu redor transformou-se em uma paisagem desolada, e soube, através da mirífica...deusa? que a 3ª Guerra Mundial principiara, que uma bomba atômica caíra próximo à minha cidade, que tudo fora destruído, e todos estavam mortos, inclusive eu, e que o meu quarto não era meu quarto, e que o meu corpo não era o meu corpo... eram formas psíquicas advindas de um coração inflamado, visões virtuais das efígies de uma imaginação alucinada... Abracei-me à fada de asas negras e, letárgicos, partimos rumo ao Desconhecido...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

vc sabia q criaturas como incubos e sucubos, são demonios responsaveis pelos pesadelos?


Imagem mitologica

Como muitos elfos mitológicos, não obstante a moralidade (muito mais perto das variantes medonhas, neste caso), os elfos escuros são, freqüentemente, apontados como responsáveis pelas muitas maldades que ocorrem à humanidade. Em particular, sonhos ruins eram ditos como provenientes do domínio dos dökkálfar, como indicado pela palavra alemã para pesadelo, Albtraum (sonho de elfo). As lendas contam que os elfos escuros se sentam em cima do tórax dos seres humanos e/ou sussurram os sonhos ruins nas orelhas do dorminhoco. Na Escandinávia, a criatura responsável pelos pesadelos é conheciada como Mara.



Na lenda medieval ocidental, um súcubo (do latim succubus; aquela que está deitada sob) é um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles.
O súcubo se alimenta da energia sexual dos homens, e quando invade o sonho de uma pessoa ele toma a aparência do seu desejo sexual e suga a energia proveniente do prazer do atacado. Estão associados a casos de doenças e tormentos psicológicos de origem sexual, pois após os ataques se seguiam pesadelos e poluções noturnas nas vítimas.A contraparte masculina desse demônio é chamada de íncubo.



já o íncubo (em latim incubus, de incubare) é um Demônio na forma masculina que se encontra com mulheres dormindo, a fim de ter uma relação sexual com elas. O Incubus drena a energia da mulher para se alimentar, e na maioria das vezes o Incubus deixa a vítima morta ou então viva, mas em condições muito frágeis.